É chegado o tempo de assumirmos a responsabilidade e refletirmos sobre o nosso papel em relação ao desumano massacre que estamos a assistir em direto. Pelas nossas redes sociais acumulam-se vídeos de pessoas mortas, de crianças feridas, a dor de quem fica e perdeu toda a sua família, bebés que sobrevivem sem se saber quem são os seus familiares. Pessoas que escrevem o seu nome no corpo para que, caso sejam mortas, consigam ser identificadas. Se este não é o teu caso, é porque não estás a seguir os meios de comunicação adequados ou a tua apatia em relação ao que se passa à tua volta é demasiada.
Estamos num momento único na história da nossa geração, já não é possível olhar para o lado e seguir normalmente com a nossa vida. Este acontecimento será marcado nas páginas da história e, é neste momento, que temos de nos perguntar: a minha posição e atitudes estão de acordo com os meus valores enquanto pessoa? De facto o momento em que atravessamos e, talvez o maior teste para a sociedade: o silêncio, a apatia, a neutralidade são pois uma posição de conivência com as atrocidades que estão a ser cometidas.
Quer sejamos líderes de organizações, empresários/as, funcionários/as, estudantes, desempregados/as ou reformados/as, o silêncio já não é aceitável – temos de tomar uma posição, não é possível já “não ter uma opinião” ou pensar que “não é nada connosco”. É o tomar de uma atitude – por muito pequena que seja – que nos vai representar enquanto ser humano que vai responder à questão: que fiz eu enquanto milhares de pessoas estavam a ser assassinadas mesmo em frente aos meus olhos? A minha voz foi uma das que se calou?
Se não queres ser mais um(a) cúmplice dos milhares de crimes de guerra ocorridos nas duas últimas semanas ( e não só) eis algumas das ações que podes – e deves tomar. Porque a nossa voz importa e tem – de facto – muito poder.
Repensar a compra de certas marcas
Sabias que ?
- A HP ajuda a operar o sistema de identificação biométrica que Israel utiliza para restringir a movimentação dos palestinos.
- A Siemens é cúmplice na empresa de assentamento ilegal de Israel através da sua construção do EuroAsia Interconnector que irá conectar a rede elétrica de Israel à da Europa, permitindo que assentamentos ilegais em terras palestinas roubadas se beneficiem do comércio de eletricidade entre Israel e a UE.
- A AXA investe em bancos israelenses que financiam o roubo de terras e recursos naturais palestinos.
- A Puma patrocina a Associação de Futebol de Israel, que inclui equipas em assentamentos ilegais em terras palestinas ocupadas.
- A empresa de cosméticos Ahava tem a sua fábrica, centro de visitantes e loja principal em um assentamento israelense ilegal.
Fonte: BDS movement
Não Tenhas Medo de Conversas Difíceis
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